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Micro empresas do interior têm 38 milhões para criar emprego

As  candidaturas ao Valorizar terão início a 15 de Fevereiro
e prolongam-se por todo o ano. São elegíveis investimentos a partir dos cinco
mil euros e parte do apoio é a fundo perdido.
As micro empresas das regiões do país com problemas de
desertificação e interioridade vão ter ao seu dispor 38,5 milhões de euros em
fundos comunitários para as ajudar a investir e a criar emprego. O Ministro da
Economia e o secretário de Estado do Desenvolvimento vão hoje a Portalegre
anunciar as bases do programa Valorizar que tem por meta apoiar entre 1.250 e
cinco mil empresas e entre 1.250 e dez mil postos de trabalho.





As candidaturas terão início a 15 de Fevereiro, mas apesar
de se dividirem em cinco fases, os concursos vão estar em aberto ao longo ao
ano e as decisões serão comunicados de dois em dois meses. Só as empresas com menos
de dez pessoas e com um volume de negócios anual inferior a dois milhões de
euros podem concorrer.

Com 198 concelhos a perder população em Portugal e onze
regiões que apresen­tam assimetrias económicas graves face à média nacional, o
Executivo propõe criar “um novo sistema de incentivos para em­presas,
simplificado, especificamente orientado para micro empresas de base
lo­cal”. “Com o Valorizar, lançamos uma política simples, ágil, de
descentralização territorial”, defende o secretário de Esta­do António
Almeida Henriques.

As empresas que venham a celebrar os contratos de incentivos
têm de criar pos­tos de trabalho até 18 meses e manter afectos à actividade os
activos respeitan­tes ao investimento apoiado, bem como a localização
geográfica definida no pro­jecto, durante o período de vigência do contrato de
incentivos, e no mínimo, du­rante três anos após a conclusão do mes­mo. Para as
regiões com problemas de interioridade o investimento elegível é inferior a
cinco mil euros, mas nas re­giões não rurais este montante oscila en­tre os
cinco e os 25 mil euros.

Os apoios, que são financiados pelos programas operacionais
das regiões Norte, Centro e Alentejo e Algarve, são concedi­dos de acordo com
um sistema simplifica­do, sendo que o montante a fundo perdido é calculado
através da aplicação de uma taxa de 50% as despesas de investimento elegíveis.
Finalmente são financiados até dois postos de trabalho, por um montante fixo
que varia entre um e 1,65 vezes o In-dexante de Apoios Sociais (419,22 euros),
independente da remuneração mensal do trabalhador.


O programa Valorizar, que foi aprovado no Conselho de
Ministros de 6 de Dezem­bro, vai começar a ser implementado este ano, mas o
objectivo é que se prolongue pelo próximo ciclo de fundos comunitá­rios, que
vigorará entre 2014 e 2020. Para isso serão definidos cinco planos
Estraté­gicos de Desenvolvimento Regional e 25 Planos Estratégicos de
Desenvolvimento Intermunicipal, planos esses que contam com um financiamento do
QREN de 4,1 milhões de euros. Neste âmbito, o Execu­tivo pretende criar um
relatório sobre o Estado da Coesão territorial, um mecanis­mo de monitorização,
que tem por objec­tivo assegurar a produção de informação e conhecimento sobre
o estado e a evolução da coesão territorial.


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